A gestação em mulheres diabéticas é uma condição reconhecidamente associada a uma maior freqüência de anormalidades, quando comparada a gestações normais. Sabe-se que a hiperglicemia, nesse período, pode resultar em aumento da mortalidade fetal, além de uma maior freqüência de complicações tais como malformações, macrossomia, hipoglicemia, hiperbilirrubinemia, policitemia, hipocalcemia, hipomagnesemia, cardiomiopatia hipertrófica e síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido. Para a gestante, o mau controle metabólico está implicado em maiores índices de abortos espontâneos, infecções, hipertensão arterial, doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG), partos pré-termo e cesáreas. Embora ainda não estejam completamente definidos os níveis ideais de glicemia durante a gestação nas pacientes diabéticas, já está demonstrado que um bom controle metabólico está associado à redução dessas complicações.A gravidez é uma condição fisiológica em que ocorre uma adaptação hormonal, representada por aumento dos níveis de estrógenos, progesterona, cortisol, prolactina e produção de lactogênio placentário humano. Essas mudanças interferem no metabolismo dos carboidratos, podendo resultar, em mulheres susceptíveis, no desencadeamento de DMG e, naquelas previamente diabéticas, em piora do controle glicêmico. Leia mais…