Por Pedro Silvano Gunther
A exemplo dos demais setores da economia, os laboratórios clínicos também sofrem com a atual crise. Alta da energia e inflação atingem o já precário equilíbrio financeiro da maioria das empresas. Mas, também, de maneira similar ao que acontece em outras áreas, os laboratórios ampliam e aperfeiçoam suas operações com o auxílio da Tecnologia da informação. Há 30 anos não havia computadores no laboratório. Hoje, não há laboratório sem computador.
Nós acompanhamos boa parte dessa evolução. Primeiramente foi “informatizada” a emissão dos laudos. Aposentou-se os múltiplos formulários pré-impressos nos quais eram datilografados os resultados – um para hemograma, outro para urinálise e assim por diante. Ganhou-se velocidade e precisão. Depois, o computador chegou à recepção. De lá já saíam além da requisição médica, as fichas ou mapas de trabalho. Aumentou-se a produtividade. O faturamento veio como decorrência natural dos processos de recepção ao paciente e emissão dos resultados. Estava-se a um passo das estatísticas – quantidade de exame, por tipo, por convênio, por médico, por data e por outras tantas associações de dados. E plantava-se ali a semente do moderno BI (Busines Inteligence). Ou seja, a TI apoiou e permitiu o surgimento do atual laboratório como empresa. Esse mesmo laboratório que passou a ser atacado em múltiplas frentes. Congelamento dos preços de venda dos exames, quando não diminuição. Aumento da regulação (ANS, ANVISA e outros). E agora, a crise econômica.
“nos momentos de dificuldade PE que se conhece os verdadeiros amigos”, segundo a sabedoria popular. E a TI vem em socorro dos laboratórios mais uma vez. Por um lado, serão descobertas aquelas funcionalidades que já existem nos softwares laboratoriais, mas poucos usuários se valem delas, como as ferramentas de controle da produção e os relatórios gerenciais. De outro lado, os fornecedores se preparam para ampliar o escopo do sistema para acomodar as novas necessidades de informação que surgem de um ambiente cada vez mais competitivo. Será necessário trocar o motor do avião enquanto ele está voando.
De acordo com recente artigo da Computerworld, 60% dos responsáveis pela informática das empresas (CIOs) terão mais dinheiro para aplicar em 2015. Esses executivos sinalizam que, para enfrentar a crise, é necessário reinventar a TI e investir na transformação digital de suas empresas.
Nos Estados Unidos, laboratórios inovadores estão direcionando recursos para o desenvolvimento de tecnologia que permita fornecer mais informações aos médicos, pacientes, hospitais e convênios – uma forma de “consultoria”. Não surpreende, então, que ao ver cortes na receita e diminuição no orçamento, estão investindo mais em TI. Além de buscar redução de custos e ganhos em gestão e desempenho operacional, portanto, é necessário inovar na prestação do serviço. E a TI apresenta-se como a grande ferramenta para permitir esse avanço.
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